Partir, fazer caminho. O ponto de chegada é ainda longínquo, quase um conceito abstrato. Fátima fica longe e a incerteza do caminho interior é grande. Os primeiros passos foram dados a medo. Amigos de sempre com corações prontos para acolher o que a estrada trouxesse, mas com vergonha de entregar. O primeiro terço rezado de forma tímida, as primeiras reflexões e partilhas feitas a custo e, de repente, a transformação.
Dois dias a caminhar, uns sozinhos, outros em casal e outros em família. Alguns descobriam Cristo, outros reencontravam-No e outros confirmavam aquilo que já sabiam. Partimos todos de pontos diferentes, de realidades diferentes, mas em dois dias de oração fomos nivelando. Fomos descobrindo que as fraquezas de uns eram as forças de outros e que as dúvidas se esclareciam em partilhas honestas.
Guiados pelo Espírito Santo, pela mão da Pipos e do Padre Diogo, chegámos a Fátima com força, fé e esperança.
O caminho feito, esse, foi o da caridade que ressoou. Os nossos corações exultaram ao fim de dois dias. Voltámos ao mundo enviados e em paz porque connosco veio a Caridade de Cristo que olhou para nós e sorriu.
O desafio? O mesmo de sempre: seguir o exemplo de Cristo, ser farol que guia, luz para os outros. Agora, com uma profissão de fé renovada, o caminho não fica mais fácil, mas sabemos que os olhos têm que estar no Céu e o coração aberto para receber e acolher o que vier. E a Caridade, sempre a Caridade. Porque onde haja Caridade e Amor aí habita Deus.